Sabe-se que os bancos têm uma função importante dentro do mercado financeiro. No entanto, qual é, exatamente, o papel dessas instituições dentro do fluxo de capitais? Basicamente, elas realizam a intermediação entre os recursos e os agentes do mercado (pessoas físicas, empresas, indústria, devedores de empréstimos, entre outros).
Na prática, os bancos fazem mais do que a prestação de serviços tradicionais como contas correntes, poupanças e empréstimos. Eles também são emissores de ações e de títulos de dívida, ou debêntures, oferecendo, assim, diferentes oportunidades de investimentos ao mercado. Um exemplo é o Banco do Brasil, que tem ações negociadas sob o ticker BBAS3, bastante relevantes no cenário econômico brasileiro.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
A função dos bancos no mercado financeiro
De maneira geral, os bancos intermedeiam atores financeiros, conectando, por exemplo, empresas que precisam de recursos para crescer, além de investidores que estão buscando aumentar o capital. Porém, na prática, as instituições bancárias têm múltiplas funções. Algumas delas são:
- emissão de títulos (ações ou debêntures);
- gestão de fundos de investimento;
- consultoria financeira e administração de carteiras (com o objetivo de aumentar a eficiência, a transparência e a segurança de investimentos);
- operações interbancárias (como transações);
- operações cambiais (por exemplo, tanto a compra quanto a venda de moeda estrangeira);
- serviços de liquidação e custódia (guardam ativos financeiros para instituições ou pessoas físicas);
- gestão de meios de pagamento (como o Pix e o crédito).
Além disso, os bancos são estimuladores do consumo e do investimento. Logo, facilitam a movimentação de recursos e também impulsionam o crescimento econômico do país.
No contexto da política monetária, que é de responsabilidade do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional (CMN), os bancos também têm grande influência. Isso porque ajustam suas taxas de juros e condições de crédito de acordo com as diretrizes vigentes.
Bancos como captadores de recursos
Agora, vamos focar em uma parte essencial do funcionamento dos bancos: a captação de recursos. Para fazerem esse recolhimento, os bancos concedem crédito na forma de empréstimos e financiamentos.
Além disso, eles emitem títulos aos investidores. O objetivo da emissão é abrir para investidores a possibilidade de participação nos resultados. Nesse caso, os bancos agem como uma espécie de estruturadores do fluxo de capitais, pois garantem que a distribuição seja atraente para investidores e que siga as regulamentações vigentes. Entre os títulos ou produtos financeiros mais comuns, estão:
- Certificados de Depósito Bancário (CDBs);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCIs);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
Além desses títulos de renda fixa, os bancos também dão aos clientes a chance de investir em fundos, que são administrados por profissionais especializados. Os fundos de investimento aplicam em diferentes tipos de ativos, ajudando a diversificar as fontes de recursos dos acionistas.
O futuro dos bancos com o avanço das tecnologias
Com a onda da digitalização e o avanço da inteligência artificial, o setor bancário passou a enfrentar inúmeros desafios. A partir do surgimento das fintechs (do inglês, “financial technology”) e de uma demanda por soluções mais ágeis e personalizadas, os bancos tradicionais foram pressionados a passarem por adaptações profundas.
Na prática, os modelos de negócios dessas instituições tiveram que ser repensados com o objetivo de incorporar inovações que agradassem ao público. Cresceu, assim, a necessidade de investir em tecnologias capazes de aumentar a eficiência de operações e melhorar a experiência dos clientes. Para isso, os bancos passaram a destinar mais recursos para áreas como:
- inteligência artificial (usada, por exemplo, no reconhecimento facial, em sistemas antifraude, em processamento de documentos e em análise de sentimento);
- blockchain (sistema que registra transações de forma descentralizada, mais eficiente e transparente);
- open finance (sistema que permite compartilhamento de informações entre instituições financeiras).
Hoje, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), quase 96% dos bancos já usam inteligência artificial. Houve, inclusive, um investimento de cerca de R$ 47 bilhões nessa área.
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